As vantagens e desvantagens das telhas ecológicas

De acordo com Costa (2006), as telhas onduladas ecológicas são ótimas para diminuir os sons nos ambientes, tendo como objetivo reduzir ruídos, minimizando assim a poluição sonora transmitida de dentro dessas estruturas para os ambientes vizinhos. Sons emanados do lado de fora dessas estruturas também acabam sofrendo um bloqueio, como é o caso dos tráfegos de veículos, ruídos das multidões e até mesmo equipamentos que emanem sons excessivos. Seus benefícios também se encontram em não propagar chamas tendo uma alta resistência ao fogo.

O mesmo autor relata no requisito de custo, as telhas ecológicas se adaptam muito bem, comparada com as telhas de fibrocimento o custo acaba sendo maior. São telhas consideradas resistentes a granizos, difíceis de ocorrerem deformações, assim uma grande quantidade de material é reutilizada valorizando a cadeia de reciclagem.

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As telhas PET possuem vantagens já que este tipo de telha é reconhecida por sua praticidade, pois não precisam de limpezas constantes e por possuir alguns formatos diferenciados. Em relação à durabilidade é considerada muito maior, vista a outros tipos de telhas, a umidade e mofo também são evitados, pois possuem baixa porosidade. (TESKE, S. 2015).

Estes modelos de telhas são consideradas leves, possuindo como maior vantagem o custo do combustível, pois seu transporte é feito de forma fácil e rápida. A telha de PET tem alta durabilidade, comparada com telhas de barros, sendo cinco vezes mais durável (GHIRALDELLO, 2014).

O mesmo autor ainda cita que as telhas de GeoPET também tem suas desvantagens, pois seu custo é muito alto, sendo considerado telhas mais caras que as próprias telhas de PET, uma vez que para a produção desta telha é necessário maquinários diferenciados e mão de obra especializada. Outro ponto negativo é a separação e o destino do gesso que muitas vezes são feitos de forma errada, porque o próprio gesso é misturado com os outros tipos de materiais nos aterros (TESKE, 2015).

2.2.3 Patologia

A presença da umidade nas telhas ecológicas é um fator causador de patologias, acarretando fungos e mofo, causando fissuras, trincas e mudança na coloração. A eflorescência é uma patologia fácil de ser encontrada nas telhas, são constituídas de sais depositadas pela ação da chuva ou do solo e se instalam nas telhas. Já durante a instalação dessas telhas é recomendado a utilização de mão de obra especializada para evitar de erros na execução das telhas (COSTA, 2017).

2.2.4 Manutenção

Segundo os estudos de Costa, para a manutenção destas telhas é importante remover os fungos fazendo uma limpeza periodicamente com água e sabão, utilizando uma escova de cerdas naturais para fazer a secagem na sombra, pois como são lavadas com sabão e água, não é recomendado lavar este tipo de telha em um dia com muito sol, procurar um dia nublado para a realização da mesma. Este tipo de manutenção evita prejuízos futuros, fazendo com que as telhas tenham uma durabilidade maior (COSTA, 2017).

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2.3 RESISTÊNCIA E DURABILIDADE

A durabilidade e a resistência tanto para as telhas ecológicas quanto para telhas de fibrocimento são fornecidas através de testes e pesquisas bibliográficas destes materiais, onde os resultados demonstram a qualidade dos objetos pesquisados (ARAÚJO, 2008).

2.3.1 Resistência

A resistência da telha de fibrocimento convencional e da telha ecológica tem uma certa diferença. Para conferir essa mudança é utilizado os métodos mais comuns de testes para verificações, que são a resistência à tração e a resistência à compressão das telhas envolvidas. De acordo com a tabela 2, percebe-se que a tensão de ruptura da telha ecológica é maior que a telha de fibrocimento. (ARAÚJO, 2008).

Para a verificação de resistência de flexão das telhas de fibrocimento e ecológicas, Araújo (2008) utilizou o equipamento de ensaios mecânicos da marca LLOYDK intruments LR10K. Os materiais utilizados neste ensaio foram, para as telhas ecológicas utilizando telhas fabricadas com resíduos sólidos (embalagem longa vida), onde possuía em sua estrutura predominante o papel, plástico e o metal, os mesmos foram fabricados em indústrias do Recife /PE. Já para as telhas de fibrocimento, foram utilizados o cimento Portland e fibras de amianto na sua composição, estas últimas provenientes do comércio local de Campina Grande/PB.

Tabela 2- Resistência à tração da telha ecológica e do fibrocimento utilizando valores médios da força de ruptura e área

Propriedades Telha Ecológica Telha Fibrocimento

Área (m²) 1,27x10-4 9,34x10-5

Força (N) 1724,25 480,43

Tensão na ruptura (MPa) 14,39 5,16

Fonte: Araújo, 2008.

De acordo com Araújo a tabela de resistência à tração, foi obtida através de valores médios de força de ruptura, tensão e área, conforme a norma ASTM D 698/98. É possível perceber de acordo com a tabela 2 que as telhas ecológicas precisaram de uma tensão de ruptura

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maior que a telha de fibrocimento, e a força utilizada para as ecológicas maior, comparando com a de fibrocimento que utilizou-se ±480,43N.

De acordo com a NBR n° 13858-2 (ABNT, 1997) a telha não deve apresentar defeitos sistemáticos, tais como fissuras na superfície que resulta em exposição às intempéries, bolhas, esfoliações, desagregações, quebras e rebarbas.

Os ensaios mecânicos e físicos, para a amostragem, o número de placas amostradas deve atender a um NQA 4, com nível de inspeção S1, devendo-se seguir o plano de amostragem especificado na NBR 5426 ou na NBR 5429. A resistência à tração na flexão tem por objetivo avaliar as tensões de resistência à tração na flexão em estado saturado (classe A) ou em estado de equilíbrio (classe B), de placas de cimento reforçado com fibras, fios, filamentos ou telas. (NBR 15498, 2016, p.1).

A NBR n°15498 (ABNT, 2016), descreve sobre as placas de fibrocimento sem amianto, sobre os requisitos e métodos de ensaio, explica que a resistência à tração na flexão tem por objetivo avaliar em estado de classe A ou de classe B, de placas de cimento reforçados com fibras, fios, filamentos ou telas.

Tabela 3- Resistência à flexão da telha ecológica e do fibrocimento

Propriedade Telha Ecológica Telha Fibrocimento

Área (m²) 1,35x10-4 9,34x10-4

Força (N) 88,46 24,27

Carga de Ruptura (N) 4,27 1,28

Modulo da flexão (MPa) 1,50 0,83

Fonte: Araújo, 2008.

É possível perceber através da tabela 3 de resistência à flexão, que a telha ecológica utilizou ±88,46N de força enquanto a telha de fibrocimento utilizou ±24,27N, e a carga de ruptura foi de respectivamente ±4,27N e ±1,28. Já o módulo de flexão teve um valor superior nos testes realizados com a telha ecológica quando comparada com a telha de fibrocimento.

A telha de ecológica em comparação com a telha de fibrocimento se mostrou com o ensaio de flexão, com carga de ruptura e um módulo de flexão maior que as convencionais, esse fato está claramente ligado ao tipo de rotor utilizado no processo, que mantém as características da fibra mais próximas dos originais, evitando o corte excessivo. O maior atrito fibra-fibra, em alta consistência, promove provavelmente, uma maior fibrilação resultando em maiores valores de grau de refino para tempos de desagregação semelhantes. (ARAUJO, 2008, p.56).

Nota-se que a utilização do rotor no processo está diretamente ligada aos resultados do ensaio de flexão da telha ecológica, onde a mesma tem um módulo de flexão maior que as

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telhas convencionais, sendo que esse rotor é utilizado para manter as características da fibra próxima dos originais.

2.3.2 Durabilidade

De acordo com a NBR n° 15575 (ABNT, 2013), a durabilidade de um produto deve ser compatível com a vida útil de projeto (VUP), onde a mesma é alterada conforme suas aplicações e manutenções, e esse tempo é possível ser identificado através de diversas pesquisas.

Por mais restritas que sejam as exigências técnicas e por melhor que seja a qualidade final do produto, os materiais de construção civil possuem um ciclo de vida útil que pode ser prolongado ou reduzido conforme sua aplicação, manutenção e condições de exposição às intempéries. Neste sentido, é importante que tal material satisfaça, simultaneamente, a todas as condições de durabilidade, segurança e conforto para o qual se destina. (WERLANG, 2015, p.80).

O cimento de amianto pode apresentar até uma certa idade o mesmo desempenho do material novo, por isso é importante estar atentos as agressividades ambientais já que influencia diretamente no desempenho do mesmo.

O envelhecimento afeta as propriedades das telhas onduladas de cimento-amianto, que são diretamente influenciadas pelo ambiente ao qual elas estão expostas. O cimento-amianto de 37 anos de idade da cidade de São Paulo apresentou um desempenho mecânico semelhante ao do cimento de amianto novo. (DIAS, 2007, p.11).

A durabilidade das telhas de fibrocimento pode variar dependendo muito de suas degradações, seja por chuva ácida, efeito de carbonatação ou algumas intempéries do tempo, pois os mesmos influenciam diretamente em sua vida útil, como o caso estudado por Dias (2007), onde o cimento com amianto consegue ter sua resistência parecida com a inicial até os 37 anos. Apesar dos estudos feitos e comprovados, os fabricantes utilizam o tempo de vida útil de 50 anos, para as telhas de fibrocimento.

Não encontraram nenhum fator determinante que diferencie as telhas de fibrocimento sem amianto das telhas de fibrocimento com amianto, e a partir desta informação os autores estipularam a vida útil de 50 anos para ambas as matrizes de telhas (MARQUES, 2014).

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Medeiros (2016), afirma que a telha ecológica utilizada em sua pesquisa, são as de reciclagem de embalagens de longa vida, que por sua vez tem uma vida útil mínima de 30 anos, além de contribuir com o meio ambiente evitando ser jogada em aterros sanitários.

De acordo com Teske (2015), as telhas produzidas através de materiais PET, que levam cerca de 450 anos para se decompor, é um atrativo para esse tipo de cobertura por seu longo tempo de vida.

Outra característica das telhas de PET, é que elas não apresentam porosidades como as telhas cerâmicas, evitando assim o acúmulo de umidade e mofo. E, por isso, não precisam ser limpas constantemente, como ocorrem com as telhas de cerâmica. A Telha PET possui ainda garantia de fábrica de 3 anos contra rachaduras, trincas e deformações. (ALMEIDA et al,2013, p.88).

As telhas ecologicas são novidades em todo o mercado mundial, já pode-se observar algumas indústrias e residências adotando este estilo de construção ecologicamente correto e por ser um material novo no mercado, no quesito de pesquisas de durabilidade ainda é cedo para dar uma datação de sua vida útil.

Quanto à durabilidade, requisito indispensável para uma telha ecológica, nenhuma das novas telhas apresentou laudo de ensaios previstos na NBR 15.210-2 e não estão no mercado tempo suficiente para atestar, através da prática, o tempo da sua vida útil. Porém, a durabilidade de uma telha ecológica deve ser compatível com os presentes no mercado e com o tempo de vida de uma edificação. (LESSA, 2009, p.132).

Apesar da pouca profundidade de estudos de durabilidade das telhas ecológicas, de acordo com Lessa (2009), estas telhas podem ter uma vida útil compatível com as presentes no mercado e com o tempo de vida de uma edificação, dessa forma é possível ter uma prévia de tempo para esse tipo de cobertura ecológica.

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3 METODOLOGIA

A metodologia tem como objetivo a apresentação da natureza e do tipo de pesquisa, bem como os caminhos para chegar ao determinado resultado, originando-se com os principais conceitos relacionados ao tipo de pesquisa e seu desenvolvimento. Por fim, são listados os orçamentos de cada tipo de telha, através de dados fornecidos por empresas da região. O desenvolvimento da pesquisa também é apresentar o melhor resultado do produto para o consumidor, demonstrando desta forma, o tipo de pesquisa utilizada e os conceitos necessários para a obtenção desta.

3.1 METODOLOGIA DA PESQUISA

De acordo com Gil (1999), pode-se afirmar que o método científico é toda forma intelectual e técnica usada como benefício a obtenção do conhecimento. Desta forma o conhecimento científico precisa identificar os passos da sua verificação ressaltar o método que possa chegar ao conhecimento. De acordo com Minayo (2008), o método científico está se tornando um novo mito na atualidade, pois isto ocorre por causa do poder de responder aos problemas e do uso de métodos que serão compreendidos por qualquer natureza.Seguindo os ensinamentos com Demo (1987) afirma-se que o método científico possui uma preocupação maior, é tratado de caminhos a ciência com a realidade tanto teórica quanto na prática. Possuem esforços maiores para sua iniciação aos procedimentos, voltados principalmente a sua causalidade, dedução, indução e objetividade (OLIVEIRA, 2011).

Com os ensinamentos de Minayo, Gil e Demo pode-se dizer que a metodologia cientifica é uma ferramenta onde abre portas para o conhecimento e reconhecimento. Seu objetivo é identificar cada tipo de trabalho e reconhecer o que esses autores podem acrescentar a cada pesquisa.

Para a realização do estudo utilizou-se a pesquisa caracterizada como bibliográfica exploratória, onde a pesquisa bibliográfica, de acordo com Boccato (2006), busca a resolução de uma hipótese ou problema através de referenciais teóricos publicados, analisando e discutindo as contribuições científicas. O método de pesquisa exploratório “[...] envolve levantamento bibliográfico e as entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado” (GIL, 1991 apud SILVA; MENEZES, 2005, p. 21). Nesse tipo de investigação, foi estudado as decorrências econômicas, mecânicas e técnicas do uso das telhas ecológicas em relação as telhas de fibrocimento.

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Durante o processo de pesquisa em que teve como o objetivo um estudo comparativo das telhas onduladas de fibrocimento e telhas onduladas ecológicas, foi realizado a partir dos conhecimentos de estudo comparativo e qualitativo.

A coleta de dados para esta pesquisa foi realizada através de artigos científicos e livros que garantiram a fidedignidade dos dados. Ferramentas de estudos, como livros e sites confiáveis para que houvesse um entendimento sobre o assunto com a troca de informações e compartilhamento de experiências adquiridas. Também imagens de sites de construtores e outras que possibilitaram o resgate de imagens de telhas, especialmente da observação direta que como acadêmicos de engenharia, foi importante à observação de análise de projetos e obras para que pudéssemos responder ao problema de pesquisa. Durante o processo de orçamento, foi utilizado dados de empresas mantendo o contato direto sobre os preços de cada tipo de telha, para a obtenção de dados atuais e confiáveis. Para a realização das vantagens e desvantagens se fez necessário o uso de dados bibliográficos tais como monografias e artigos científicos.

3.2 PESQUISA DOS ENSAIOS DE CARGA DE RUPTURA À FLEXÃO SIMPLES DAS