Guia completo: como escolher o piso ideal para cada ambiente do seu projeto

By Eduarda Oliveira Correia

Guia completo: como escolher o piso ideal para cada ambiente do seu projeto

Por Equipe Viva Decora PRO, Julho 19, 2019

Escolher tipos de piso para um apartamento pode ser uma tarefa bastante complexa mesmo para arquitetos e designers de interiores.

A variedade quase infinita de tipos de piso, acabamentos, cores e formatos pode dificultar qual material escolher, então é importante que a decisão do profissional esteja pautada em critérios que vão além da estética e do custo.

Listamos aqui algumas dicas valiosas na hora de como escolher piso para um apartamento.

Mas antes de começarmos, confira nosso post sobre como calcular metro quadrado para piso e livre-se dessa dor de cabeça.

9 tipos de piso indicados para projetos residenciais e comerciais

cerâmica porcelanato cimento queimado ladrilho hidráulico mármore granito laminado de madeira assoalho de madeira piso vinílico

1- Cerâmica

Vamos começar a falar sobre os tipos de piso citando um dos mais utilizados: o cerâmico.

O material é produzido a partir da prensagem da argila úmida e peneirada. O piso cerâmico pode ser usado tanto em ambientes internos e externos.

Entre suas vantagens está a resistência à água e a manchas e a variedade de texturas e paginações.

Quer conhecer mais sobre o piso cerâmico? Confira: Como utilizar cerâmica para transformar ambientes? Descubra já!

Quer comparar os custos e benefícios dos diversos produtos disponíveis? Pró-reforma é uma ferramenta gratuita que te ajuda a conhecer e comparar diversos produtos aparentemente equivalentes, considerando o rendimento e a necessidade de produtos complementares ou serviços especializados. Faça as melhores escolhas sem esforço. Clique aqui e compare!

2- Porcelanato

Quando falamos sobre tipos de piso, o porcelanato é um dos queridinhos dos clientes! E eles têm razão, afinal, o material é de alta qualidade e deixa qualquer projeto muito mais elegante.

Existem vários tipos de porcelanato, e a diferença entre eles é basicamente a intensidade do brilho e a presença de texturas.

Um das opções mais interessantes para todos os ambientes é o porcelanato acetinado. Confira o que já falamos sobre ele no blog: Porcelanato acetinado – entenda porque é perfeito para cozinhas e banheiros!

Veja também: Como escolher porcelanato para cozinha? Veja o passo a passo completo!

3- Cimento Queimado

O piso de cimento queimado é aquele que tem aparência de inacabado, ideal para ambientes com o estilo rústico ou industrial.

Ele é feito com uma base de cimento, areia e água e finalizado com pó de cimento.

Porém existem diversos produtos no mercado que foram desenvolvidos para dar o efeito de cimento queimado ao piso.

Uma das vantagens desse tipo de piso é a facilidade na aplicação e o baixo custo para a obra. Porém, ele não é indicado para ambientes úmidos, como o banheiro.

Veja também: Aprenda a escolher a soleira ideal e crie um piso sem erros

4 – Ladrilho Hidráulico

O cliente gosta de tipos de piso com variação de estampas e feitos de forma artesanal? Então o Ladrilho Hidráulico é uma opção interessante para o projeto.

O material, feito com uma combinação de pó de mármore, cimento e corantes, deixa qualquer ambiente com mais personalidade.

Devido ao processo de fabricação, seu custo costuma ser mais alto. Porém existem cerâmicas e porcelanato que imita a aparência do ladrilho hidráulico.

5- Mármore

Tipos de piso frios são interessantes para regiões mais quentes, e o mármore é um das opções nesses casos.

Mas se o cliente mora em um local mais frio, uma alternativa é usar sistemas de aquecimento de piso ou tapetes.

O revestimento natural é constituído de calcita, um dos componentes do calcário. Extremamente luxuoso, o piso de mármore traz aspecto de limpeza e tranquilidade.

Entre as suas desvantagens, está a baixa resistência a impactos e soluções ácidas.

6- Granito

Assim como o mármore, o granito é um revestimento que traz imponência e luxuosidade para os ambientes.

Mas ele apresenta uma vantagem: entre os dois tipos de piso, o granito é o mais barato.

Outros benefícios dessa pedra natural é a facilidade de limpeza e a resistência, o que possibilita que ele seja aplicado em locais com maior fluxo.

7 – Laminado de madeira

Revestimentos de madeira também aparecem entre os tipos de piso mais pedidos pelos clientes.

Como a madeira natural tem um custo alto, uma alternativa interessante é o piso laminado de madeira.

O revestimento, feito HDF (painel de madeira de alta densidade), deixa o ambiente aconchegante e tem fácil instalação.

Esse é um dos tipos de piso que não se dão muito bem com a umidade. Por isso, não é recomendado para o uso em áreas molhadas (banheiro ou cozinha).

8 – Assoalho de Madeira

Esse é um dos tipos de piso mais caros do mercado, pois geralmente são feitos com madeira de lei.

O assoalho de madeira traz luxuosidade e conforto para os ambientes, além de combinar com vários estilos de decoração.

9 – Piso Vinílico

O piso vinílico é muito semelhante ao piso laminado e, muitas vezes, os dois são confundidos. A diferença é que ele é produzido a partir de PVC.

Outra diferença entre os tipos de piso é que o vinílico necessita de uma superfície nivelada para a instalação.

Já o laminado pode ser aplicado em qualquer lugar, desde que o contrapiso conte com, no máximo, 3 mm de saliências em uma extensão de até 1 m.

Entre as vantagens do piso vinílico está o conforto térmico, acústico e a resistência a manchas.

Como escolher piso? Confira 11 dicas para acertar na escolha do piso ideal para seu projeto

1 – Avaliar o ambiente

Primeiramente deve ser avaliada a finalidade do local onde será instalado o piso.

Ambientes residenciais costumam ter maior variedade de tipos de piso, já que detêm menos tráfego e menores cargas do que ambientes comerciais, possibilitando uma grande diversidade de pisos.

Além do uso, outra questão a se avaliar para uma correta especificação de tipos de piso é se o ambiente é interno ou externo.

Ambientes internos devem ter especificações diferentes de ambientes externos devido a questões relacionadas com resistência à umidade, capacidade anti-derrapante e outros.

Ambientes internos também necessitam de tipos de piso com características diversas dependendo do seu uso.

Devido à grande incidência de água nesses ambientes, banheiros, cozinhas e áreas de serviço devem ter pisos com características semelhantes aos pisos para área externa, garantindo a durabilidade do material e a segurança.

Assim, avaliar as características de uso do ambiente é o primeiro passo para que se possa decidir qual piso escolher.

2 – Checar a porosidade e resistência do piso

A porosidade do piso é uma característica que está diretamente relacionada à sua resistência.

A porosidade diz respeito à capacidade de absorção de água do material.

Materiais cerâmicos porosos, por exemplo, apresentam nível de absorção de água maior que 10%, enquanto materiais do tipo grês absorvem de 0,5 a 3%.

A permeabilidade de um piso interfere em outras propriedades do material, como sua resistência às cargas e ao desgaste.

Dessa forma, quanto mais impermeável, mais resistente é o revestimento.

Outra característica fundamental para a escolha de um revestimento de piso é a resistência à abrasão, ou seja, o desgaste que o material suporta diante do tráfego de pessoas e do contato com objetos.

O índice de resistência dos materiais geralmente é fornecido pelos fabricantes dos tipos de piso.

Se você optar por um piso cerâmico ou porcelanato, por exemplo, pode verificar o índice PEI (Porcelain Enamel Institute) do material, escala adotada pela indústria que varia de 0 a 5, sendo 5 o nível mais resistente.

Pisos externos, por exemplo, exigem PEI mais elevado.

Para pisos laminados de madeira, a resistência ao desgaste é dada por uma tabela que apresenta os índices AC2 a AC5, sendo o AC2 o menos resistente e o AC5 o mais resistente.

3 – Temperatura do piso

A temperatura do piso está relacionada com a sensação do toque.

Pisos frios

Os pisos frios conferem sensação de frescor e transmitem a sensação de diminuir a temperatura do ambiente.

Entre os tipos de piso que se enquadram nessa categoria estão a cerâmica, porcelanato, cimento queimado, ladrilho hidráulico, mármore, granito e superfícies resinadas.

Apesar das semelhanças, também existem muitas diferenças entre porcelanato e cerâmica. Saiba quais são em nosso post.

Já os tipos de piso quentes possuem temperatura mais constante e permitem pouca passagem de calor, já que o mesmo fica retido na superfície, o que permite um equilíbrio maior entre a temperatura da pele e do material.

Pisos quentes

Entre os pisos quentes estão os laminados e assoalhos de madeira, pisos vinílicos, de bambu, entre outros.

Os pisos quentes são bastante utilizados por conferirem mais aconchego aos ambientes, já que transmitem sensação de bem-estar.

Esses tipos de piso são muito recomendados para ambientes que pedem mais comodidade e conforto, como quartos e salas.

Os pisos frios, devido à durabilidade e praticidade, são utilizados principalmente em ambientes externos e em áreas mais úmidas, que tem contato mais recorrente com a água, como cozinhas e banheiros.

No entanto, são pisos muito utilizados também em áreas comuns da casa, como salas, halls e quartos, principalmente pela variação de acabamentos disponíveis no mercado.

4 – Limpeza e manutenção

Limpeza e manutenção também são itens determinantes na escolha do piso de um apartamento.

Cada material tem a sua especificidade, e é importante que os cuidados de limpeza e manutenção estejam de acordo com a rotina e possibilidades do cliente.

Geralmente os pisos quentes demandam um pouco mais de cuidado em sua conservação.

Para os laminados e vinílicos é recomendável utilizar na limpeza um aspirador de pó e um pano úmido torcido, com algum produto próprio para a limpeza desse tipo de piso.

Para os demais pisos quentes, recomenda-se não utilizar materiais cortantes ou abrasivos como cera, enceradeiras elétricas, esponja de aço ou lixa.

Os pisos frios, como porcelanatos e pisos cerâmicos podem ser lavados com água em abundância, o que muitas vezes é visto como uma vantagem desse tipo de revestimento, principalmente para áreas que têm muito uso.

A frequência de limpeza também deve ser avaliada para que não entre em conflito com o estilo de vida do morador.

Pisos claros “revelam” mais facilmente a sujeira, por isso demandam mais cuidado na limpeza.

5 – Capacidade Antiderrapante

Outra característica a ser avaliada na escolha do piso é a resistência a derrapagens oferecida pelo material.

Pisos em declive ou em áreas sujeitas à água ou gorduras, como banheiros, piscinas e cozinhas, devem ser especificados com o maior cuidado possível visando a segurança dos usuários.

O índice que mede a capacidade antiderrapante de um piso é denominado coeficiente de atrito.

Quanto maior o coeficiente de atrito, mais áspera será a superfície, e maior a sua capacidade antiderrapante. Ao mesmo tempo, mais difícil será a limpeza desse material.

Portanto, recomenda-se a utilização de peças com coeficiente de atrito próximo ao limite estabelecido em norma:

menor ou igual a 0,4 para instalações comuns;

entre 0,4 e 0,7 em áreas onde se requer resistência a derrapagens;

em locais com alto risco por serem escorregadios, como rampas, banheiros e áreas externas, coeficiente maior ou igual a 0,7.

6 – Instalação

A instalação do piso varia conforme o tipo de material escolhido, e pode ser também um fator determinante na escolha.

Alguns modelos de piso permitem a instalação pelo próprio morador, é o caso dos vinílicos auto-adesivos, facilmente aplicáveis sobre o piso existente (desde que a superfície esteja totalmente nivelada).

Outros pisos demandam mão de obra especializada e podem levar mais tempo na instalação, principalmente aqueles que exigem assentamento sobre contrapiso, como porcelanatos, cerâmicas, granitos e outros.

Em termos de instalação, levam vantagem os pisos laminados e o vinílico por apresentarem instalação muito limpa e rápida, por sistemas de encaixe, das placas, cola ou adesivo.

Também é importante considerar que o tipo de instalação influenciará diretamente no preço final do produto, portanto além de mensurar o custo do material, a mão-de-obra da instalação também deve ser contabilizada.

Confira também 5 dicas de aplicações criativas de revestimento que você nunca imaginou!

7 – Pisos naturais: granito ou mármore?

Materiais naturais, como granitos e mármores, têm como principal vantagem o apelo estético do projeto, já que em sua maioria são considerados tipos de piso mais nobres do que os materiais sintéticos.

Porém, o custo desses revestimentos costuma ser maior, assim como a mão de obra de instalação também é mais onerosa.

O granito, bastante conhecido e muito utilizado em pisos de cozinhas e banheiros, é um material natural que se destaca pela resistência e durabilidade.

Além disso, apresenta facilidade de limpeza, já que pode ser higienizado com água e produtos específicos, sem muito trabalho.

Existem no mercado brasileiro vários tipos de granito de diferentes cores e desenhos, sendo característica do material uma superfície bastante granulada e irregular.

Já o mármore é um tipo de piso mais sofisticado, utilizado principalmente para proporcionar requinte e elegância ao ambiente.

Apesar de mais nobre, o mármore é um material mais poroso que o granito, por isso também menos resistente.

O uso do mármore em piso é recomendado em áreas de menor incidência de água, pois por se tratar de um material poroso, mancha com facilidade.

8 – Pisos para pet

A presença de um animal de estimação pode interferir na escolha do piso de um apartamento, visando a durabilidade do produto e a qualidade de vida do pet.

Os pisos lisos são os menos indicados para a situação, pois exigem maior esforço físico do animal para se deslocar (as unhas e garras dos animais não são porosas).

Assim, superfícies polidas como mármores e outras pedras naturais, ou mesmo porcelanatos polidos, devem ser evitados.

Pisos de madeira, por exemplo, apresentam superfície menos rígida para o andar e deitar de cães e gatos.

No entanto, determinados tipos de madeira poderão facilmente apresentar riscos ocasionados pelas unhas do animal.

Em ambientes com grande número de animais, como clínicas veterinárias e canis, o piso de madeira deve ser evitado pois o material pode acumular pragas, como pulgas e carrapatos, com mais facilidade.

Outra questão muito importante é a facilidade de limpeza do material e a resistência à manchas, visto que o produto terá contato constante com urina e dejetos.

Um piso bastante indicado para os donos de pet é o piso vinílico, material resistente a arranhões, antiderrapante e que oferece conforto.

Além disso, é muito prático na limpeza e manutenção.

9 – Saiba qual o melhor piso para apartamento pequeno

No caso de apartamentos pequenos, pode-se buscar uma solução de piso que proporcione a sensação de amplitude ao espaço.

Nesse sentido, uma boa estratégia é utilizar o mesmo piso em todos os ambientes, integrando os espaços sem demarcar cada cômodo.

Outro recurso é utilizar um piso em tom claro, que também proporcionará o efeito de amplitude.

Porcelanatos e pisos vinílicos são grandes aliados em apartamentos pequenos, pois podem ser utilizados também em áreas como cozinha, banheiro e área de serviço.

No caso do piso vinílico, a absorção de som é maior, evitando perturbações com ruído.

Além disso, é um material mais térmico que o porcelanato, oferecendo um ambiente com clima agradável em todas as estações do ano.

10 – Pisos para apartamento alugados

Nem sempre é possível trocar o piso de imóveis alugados pois muitos proprietários impossibilitam reformas e mudanças em seu aspecto original.

Nesses casos, se o revestimento existente não é adequado ou não agrada esteticamente aos inquilinos, pode-se recorrer a soluções alternativas, como instalar pisos elevados ou elementos removíveis que não desconfigurem a situação existente.

Além do piso vinílico, que pode ser aplicado por cima dos pisos já existentes sem necessidade de quebra-quebra, podem ser utilizados deques de madeira, placas laminadas e outros materiais fáceis de colocar e retirar.

Dessa forma consegue-se expressar a identidade do morador sem prejudicar o proprietário do apartamento.

11 – Piso que não faz barulho

Uma grande preocupação de quem mora em apartamento é a questão do barulho.

Todos querem ter liberdade dentro de casa, sem receber reclamações dos vizinhos por andarem de sapatos ou mesmo porque a criança está brincando, portanto escolher um piso que não faz barulho é fundamental.

A escolha adequada do piso pode favorecer essa situação.

Os materiais de piso apresentam características diferenciadas em relação à propagação do som.

Quanto menor for o contato do piso com o contrapiso, menor será o ruído transmitido. Por isso, tipos de piso suspensos são considerados os mais silenciosos.

Nesse caso, os pisos vinílicos, por serem macios, apresentam melhor isolamento acústico e amenizam os ruídos, bem como os pisos laminados, que possuem mantas acústicas que isolam o contrapiso e o barulho.

Agora que você já sabe qual piso utilizar em cada área do seu projeto, que tal aprender como divulgá-lo melhor?

Confira o Ciclo do Encantamento, conteúdo desenvolvido especialmente para arquitetos e designers que querem dar um UP na carreira:

Este post foi escrito pela Duratex, a maior produtora de painéis de madeira industrializada do Hemisfério Sul.

Quer saber quais são todos os tipos de piso intertravado? Confira o nosso infográfico:

Copie o código abaixo e compartilhe este infográfico no seu site